A partir de julho de 2026, o Brasil começará a utilizar um novo modelo de identificação para empresas: o CNPJ alfanumérico.
Essa mudança, anunciada pela Receita Federal, tem como objetivo acompanhar o crescimento do número de empresas no país e garantir que o sistema de registro continue eficiente, seguro e funcional. Mas, afinal, o que é o CNPJ alfanumérico? É o que vamos explicar neste artigo!
O que é o CNPJ alfanumérico?
O CNPJ alfanumérico será a nova versão do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o qual a combinação de dígitos passará a incluir letras e números.
Essa ampliação é estratégica. Ao incluir letras, as possibilidades de combinações aumentam significativamente, evitando a exaustão do modelo atual, que já se aproxima do limite de registros viáveis.
Por que essa mudança é necessária?
O principal motivo para a criação do CNPJ alfanumérico é justamente possibilitar mais combinações.
Além disso, o novo padrão ajudará a manter a organização e a integridade das informações cadastrais, otimizando os sistemas de controle e fiscalização.
Quando o CNPJ alfanumérico entra em vigor?
A previsão oficial é que ele passe a ser emitido a partir de julho de 2026, de forma progressiva. A transição será feita por etapas, conforme um cronograma a ser divulgado pela Receita.
Empresas já existentes não precisarão alterar seu número atual. A mudança, portanto, não afetará quem já tem um CNPJ, mas sim os novos registros depois da data estipulada.
Como será o cálculo do dígito verificador?
O dígito verificador (DV), que garante a validade do CNPJ, continuará sendo calculado com base no algoritmo do módulo 11. No novo formato, as letras serão convertidas para valores numéricos usando a tabela ASCII.
Para isso, cada caractere (número ou letra) terá seu valor decimal subtraído de 48, e esse resultado entra no cálculo do DV.
Quais os impactos para empresas e sistemas?
Mesmo que a maioria das empresas não precise trocar o CNPJ atual, é fundamental assegurar que os sistemas estejam preparados para lidar com o novo padrão. Isso envolve atualizações em:
- Softwares de emissão de notas fiscais eletrônicas (NF-e);
- ERPs e plataformas de gestão que utilizam o CNPJ como identificador
- Sistemas de integração com fornecedores, clientes e órgãos públicos
- Ambientes fiscais e contábeis que realizam validações automáticas de CNPJ.
A mudança será obrigatória para todos?
Não. O CNPJ alfanumérico será exclusivo para novos registros a partir de julho de 2026. Empresas que já possuem CNPJ no formato atual seguirão com o mesmo número.
No caso de filiais abertas após a implementação, o número poderá ser emitido já com o novo modelo.
Como sua empresa pode se preparar?
A adaptação exige planejamento. Por isso, trouxemos algumas recomendações:
- Converse com seu contador: verifique se ele está acompanhando a atualização e se está pronto para orientar sua empresa.
- Atualize seu sistema de gestão e emissão de notas fiscais: entre em contato com seu fornecedor de software e confirme se o sistema já está apto a reconhecer CNPJs com letras.
- Revise cadastros e integrações: certifique-se de que plataformas internas e externas aceitam o novo formato.
- Treine sua equipe: áreas como financeiro, atendimento e TI devem saber lidar com os dois modelos de CNPJ.
- Fique de olho nos comunicados oficiais: a Receita Federal divulgará um calendário de implantação detalhado.
Haverá algum custo com essa mudança?
Não será cobrada nenhuma taxa. No entanto, pode haver custos internos relacionados à atualização de sistemas, treinamento de equipes e possíveis ajustes em integrações com parceiros.
O CNPJ alfanumérico representa uma evolução importante no registro empresarial brasileiro. Embora a alteração pareça técnica, ela tem grande impacto na rotina das empresas, principalmente em termos de tecnologia e conformidade legal.
Ficar por dentro dessa novidade, adaptar seus sistemas e preparar sua equipe são passos fundamentais para que sua empresa não seja pega de surpresa.
Esperamos que este conteúdo tenha sido útil para você. Até a próxima!