Chamadas telefônicas serão autenticadas: entenda a mudança! 

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A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou uma mudança importante para aumentar a segurança das comunicações no Brasil: em até três anos, todas as chamadas telefônicas serão autenticadas

A novidade busca reduzir fraudes como o spoofing, prática na qual golpistas falsificam números de telefone para enganar usuários, e promete dar mais transparência e confiança ao atender uma ligação. Mas como isso vai funcionar na prática? E quais serão os impactos para consumidores e empresas? É sobre isso que vamos falar!

Por que as chamadas precisarão de autenticação?

Quem nunca recebeu uma ligação supostamente do banco ou de uma instituição conhecida e desconfiou da veracidade? Esse é justamente o tipo de golpe que a Anatel pretende combater. 

O spoofing usa números reais para mascarar a identidade do fraudador, o que aumenta as chances da vítima cair na armadilha.

Com o novo sistema, será possível confirmar se o número exibido no visor do celular realmente pertence à empresa ou pessoa que está ligando. Isso significa mais proteção para o consumidor e menos espaço para ações criminosas.

Como vai funcionar?

O processo será baseado em protocolos de certificação que validam a identidade da chamada antes dela chegar ao destinatário. Na prática, as operadoras irão trocar informações entre si, com uma autoridade autenticadora definida pela Anatel.

Desse modo, quando o usuário receber uma ligação em um smartphone compatível, verá na tela não apenas o número, mas também dados adicionais, como o nome da empresa, sua marca e até mesmo o motivo do contato. Assim, ficará muito mais fácil diferenciar uma ligação verdadeira de uma tentativa de fraude.

Esse modelo já é adotado em países como Estados Unidos e Canadá, onde trouxe resultados positivos..

Qual o prazo de implementação?

As operadoras terão até 36 meses para adequar suas redes à nova tecnologia. Algumas já possuem infraestrutura moderna, mas outras precisarão investir em atualizações para se alinhar à regra.

Do lado dos consumidores, também será necessário que os aparelhos estejam preparados. Smartphones mais recentes, com sistemas operacionais atualizados, deverão ser compatíveis. Já modelos antigos podem não oferecer suporte completo, o que pode exigir a troca de dispositivos ao longo do tempo.

Essa fase de adaptação será fundamental para que todo o ecossistema de telecomunicações funcione de maneira integrada e segura.

Impacto na prevenção de golpes

O principal objetivo da mudança é reduzir significativamente fraudes via telefone, em especial as que utilizam números de instituições confiáveis para enganar os usuários. Segundo especialistas em segurança digital, esse tipo de autenticação dificultará a ação de criminosos, mas não eliminará totalmente os riscos.

Golpes como o vishing, em que golpistas ligam se passando por técnicos ou representantes de empresas para obter dados pessoais e financeiros, ainda continuarão sendo uma ameaça. 

Relatórios recentes mostram que esse tipo de ataque cresceu de forma preocupante nos últimos anos, o que reforça a necessidade de cautela.

Portanto, mesmo com a autenticação, é indispensável manter medidas de segurança, como não compartilhar senhas por telefone, desconfiar de ligações suspeitas e confirmar diretamente com a instituição antes de fornecer informações sensíveis.

O que muda para consumidores e empresas?

Para os consumidores, a grande vantagem será a confiança ao atender uma chamada. Saber que o número exibido realmente corresponde ao emissor reduz a chance de cair em fraudes e aumenta a tranquilidade no dia a dia.

Além disso, organizações como bancos, hospitais e órgãos públicos poderão se comunicar com mais credibilidade, já que seus clientes e usuários terão certeza de que a ligação é verdadeira.

Essa transparência deve melhorar a relação entre marcas e consumidores, fortalecendo a confiança no contato telefônico, que ainda é amplamente utilizado no Brasil.

A decisão da Anatel para que todas as chamadas telefônicas sejam autenticadas marca um avanço importante para a segurança digital no país. Embora o prazo de três anos exija esforço de adaptação tanto de operadoras quanto de usuários, os ganhos em prevenção de fraudes tendem a ser significativos.

Em resumo, a autenticação de chamadas não é apenas uma questão tecnológica, é um reforço fundamental para a proteção de dados, a confiança nas empresas e a segurança dos cidadãos.